A Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental tem o grato prazer de apresentar a realização do Curso Estratégias de controlo de agentes biológicos resistentes e de subprodutos da oxidação química no tratamento de águas , que terá lugar nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2013, no LNEC, Núcleo de Engenharia Sanitária.
O recurso à oxidação química no tratamento de águas visa em larga medida o controlo do crescimento microbiológico nas instalações de tratamento e da qualidade microbiológica da água produzida, e.g. para consumo humano ou reutilização. Este é habitualmente conseguido através da inativação dos agentes biológicos nas etapas de pré-oxidação (em ETA) e desinfeção final em ETA e ETAR.
Existem, porém, formas biológicas resistentes à oxidação química (FR, tais como, endosporos bacterianos, viriões, (oo)cistos de Cryptosporidium e Giardia e ovos de helmintas) que poderão pôr em causa a segurança microbiológica da água se não forem eficazmente inativadas ou removidas por processos alternativos ou complementares.
Além do papel na desinfeção da água, a pré-oxidação em ETA é frequentemente necessária para a remoção de ferro, manganês e microcontaminantes orgânicos – pesticidas, compostos que conferem cheiro e sabor à água, cianotoxinas e outros contaminantes emergentes. Pode ainda afetar (melhorar ou piorar) a eficácia da etapa de clarificação a jusante, dependendo da reação com a matéria orgânica natural (NOM) e da qualidade da água a tratar no material que lhe confere turvação.
Contudo, da reação dos oxidantes ozono, cloro e dióxido de cloro com a NOM, as células microbianas e seus metabolitos e com os micro-contaminantes resultam vários subprodutos da oxidação (OBP) (sempre incompleta, na prática), que, em função das características físico-químicas da água, dos oxidantes e das doses aplicadas, poderão ser indesejáveis. Entre eles destacam-se i) os compostos halogenados e não halogenados com efeitos nocivos para a saúde (e.g., compostos organobromados, trihalometanos e bromato, OBP de fármacos com maior poder desregulador endócrino do que o composto de partida) e ii) os compostos orgânicos não halogenados de baixo peso molecular e facilmente biodegradáveis que podem comprometer a estabilidade microbiológica da água durante a adução e distribuição.
O conhecimento dos mecanismos de resistência biológica e dos fatores associados à formação de OBP possibilita a definição de estratégias que garantam uma desinfeção segura e um baixo teor em OBP na água produzida.
PROGRAMA
6 de fevereiro
09:00 Entrega de documentação.
09:30 Apresentação do curso.
09:45 FR e OBP – o problema.
10:00 A oxidação química no tratamento de águas.
10:45 As características físico-químicas da água a tratar e a eficácia da oxidação química.
11:15 Pausa para café
11:30 Mecanismos de resistência das FR e seu controlo em ETA e ETAR convencionais.
13:00 Almoço
14:00 Os precursores dos OBP.
14:30 Os OBP do ozono – Mecanismos de formação, estratégias de controlo.
15:15 Os OBP do dióxido de cloro - Mecanismos de formação, estratégias de controlo.
16:00 Pausa para café
16:15 Os OBP do cloro - Mecanismos de formação, estratégias de controlo.
16:45 Critérios para seleção do pré-oxidante e do desinfetante final.
17:30 Encerramento dos trabalhos.
7 de fevereiro
09:00 Capacidade das ETA convencionais para controlo simultâneo de FR e de OBP.
09:45 Avaliação de desempenho operacional da préoxidação e da desinfeção final.
11:00 Pausa para café
11:15 Tecnologias alternativas/complementares para controlo de FR e OBP – radiação UV; sistemas de carvão ativado (PAC e (bio)filtros), membranas (MF, UF, NF) e processos híbridos (PAC/MF, PAC/UF).
13:00 Almoço
14:00 Contaminantes emergentes - desafios associados.
14:30 Workshop: Estratégias para controlo de FR e de OBP
Convidados: Cecília Alexandre (ERSAR), Helena Lucas e Joaquim Freire (Águas do Algarve) (a confirmar)
16:00 Pausa para café
16:15 Workshop: continuação
17:30 Encerramento dos trabalhos.
Secretariado e informações
APESB
Carla Galier
Av. do Brasil 101 | 1700-066 Lisboa
apesb@apesb.org
Tel.: 218 443 849
Curso | Estratégias de controlo de agentes biológicos resistentes e de subprodutos da oxidação química no tratamento de águas
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