O desabamento de um viaduto que atravessa o IP4 (Porto-Amarante) provocou esta quarta-feira à noite pelo menos oito feridos, segundo a página na internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). A estrada está cortada nos dois sentidos. (em actualização)

Segundo a mesma fonte, encontram-se no local 36 bombeiros, apoiados por onze viaturas, que realizam buscas para saber se algum veículo foi atingido.

O acidente ocorreu no Itinerário Principal 4, na saída Oeste para Amarante.

Oficialmente deram entrada apenas oito pessoas no hospital, de acordo com o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, que antes tinha avançado com a existência de 13 feridos.

Seis dos feridos foram assistidos em Amarante e dois em Penafiel. São todos feridos ligeiros, todos trabalhadores na obra em curso e todos homens, com idades compreendidas entre os 23 e os 50 anos, segundo fonte do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

Estavam 20 trabalhadores na obra quando se verificou a derrocada, segundo o comandante dos bombeiros. Fernando Rocha, que referiu estar em contacto com a empresa responsável pela obra, adiantou ainda que se prevê que as operações de remoção dos escombros - muitas toneladas de cimento e ferro - possam demorar seis horas.

A mesma fonte referiu que uma equipa cinotécnica dos bombeiros, com dois cães, não detetou sinais humanos ao percorrer os destroços. E confirmou que há uma testemunha que contou que um automóvel terá ficado debaixo dos escombros.

Várias retroescavadoras estão a tentar retirar os destroços do que resta do viaduto. Equipas de socorro e operários da obra estiveram a regar com água o cimento, com receio de que secasse, o que dificultaria as operações de remoção dos destroços.


De acordo com a Proteção Civil, "continua por apurar se está alguém soterrado, uma vez que ruiu uma enorme quantidade de ferro e betão, desconhecendo-se igualmente se estão viaturas debaixo dos destroços" do viaduto, que ruiu por completo.

Segundo a mesma fonte, a queda do viaduto, "no nó de Geraldes, ao quilómetro 59,6, ocorreu cerca das 20:30, quando os trabalhadores estavam em laboração com todos os materiais inerentes a uma obra: ferros, massas, etc".

A GNR declarou ainda à agência Lusa que, "em princípio, as viaturas não foram atingidas por destroços, tendo-se os acidentes produzido como reação à queda do viaduto", nomeadamente pela necessidade de travagens bruscas.

Na sequência do acidente, a A4 está cortada no sentido Porto-Amarante e o IP4 entre Vila Real e Amarante, estando o trânsito a ser desviado, nomeadamente no nó de Padornelo (IP4), para a Estrada Nacional 210.