O diretor nacional de Energia Elétrica, Pascoal Bacela, diz que Moçambique precisa de apostar, fortemente, na
construção de infraestruturas energéticas a pensar nas necessidades cada vez mais crescentes da sua industrialização e nas da região austral de África.
Falando esta terça-feira à margem do Fórum de Negócios Moçambique-Coreia, Bacela avançou que as necessidades
internas, assim como as da região, continuarão a crescer e, por isso, “temos que estar preparados para satisfazer a demanda de energia em quantidade e qualidade”.
Neste capítulo, Bacela disse que a “espinha dorsal”(linha de transporte de energia elétrica Tete-Maputo), cujo processo de estruturação, de acordos com os acionistas, se encontra na fase conclusiva, vai jogar um papel fundamental na garantia da quantidade e qualidade de energia necessária.
“A espinha dorsal é uma experiência única que, pela sua dimensão, envolve vários investidores e é preciso assinar
acordos para acomodar os interesses de cada um. Não se pode esperar, por isso, que tudo aconteça de um dia para o outro”, sublinhou.
A “espinha dorsal” é um empreendimento avaliado em 2,5 mil milhões de dólares norte-americanos que, entre vários objetivos, visa garantir a disponibilidade de infraestruturas suficientes, integradas e eficientes e que servirá de suporte e base de sustentação para a industrialização de Moçambique e da região.
O projeto, cuja primeira fase consistiu no estudo de viabilidade e avaliado em 1,8 milhão de dólares norte-americanos, contempla duas linhas de transporte de energia, entre elas a linha de corrente alternada em alta tensão, a ser operada a 400 kV, interligando Tete/Maputo, sendo intercalada com cinco novas subestações (Cataxa, Inchope, Vilanculo, Chibuto e Moamba).