O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) vai financiar com 19,2 milhões de euros a manutenção das infra-estruturas
de água potável e saneamento das cidades de Lichinga e Cuamba, na província do Niassa, norte de Moçambique.
O projecto prevê a manutenção dos sistemas de distribuição de água potável e saneamento, além da capacitação
institucional dos recursos humanos, com vista a garantir uma maior duração das infra-estruturas.
Recentemente aprovado pelo BAD, o financiamento ronda os 26,8 milhões de dólares (19,2 milhões de euros) e vai ser
aplicado pela Direcção Nacional de Águas, o Conselho do Abastecimento de Água e o Fundo de Investimento e
Património do Abastecimento de Água.
Segundo a edição de hoje do jornal Notícias, as primeiras quantias a serem desembolsadas pelo Banco deverão
acontecer em breve, sendo que o Governo está a proceder à aquisição do material necessário às infra-estruturas das
cidades de Lichinga e Cuamba.
"A manutenção significa que os beneficiários dos sistemas de água devem ter uma capacidade de poder reparar as infraestruturas
em tempo útil. Isso implica melhorarmos a rede de distribuição, comercialização e distribuição dos
acessórios", afirmou o especialista do sector de Água e Saneamento do Banco, Armando Ussivane.
Para Armando Ussivane, citado pelo jornal, essa componente "tem sido negligenciada".
Aliás, a falta de manutenção dos sistemas é tida como uma das principais razões para a rápida degradação das
mesmas, apesar dos investimentos aplicados pelo Estado e parceiros.
Mas o BAD vai também aprovar, até ao final de Outubro, outro financiamento para reforçar o Programa Nacional de
Abastecimento de Água e Saneamento Rural (PRONASAR), orçado em 143,6 milhões de euros.
Armando Ussivane não precisou o valor com que o Banco vai participar no PRONASAR, mas garantiu que a instituição
vai financiar todas as componentes, entre as quais a abertura e reabilitação dos sistemas de água e saneamento, e a
colocação do equipamento para a manutenção da rede.
O objectivo é aumentar a cobertura de água potável até 2014, especialmente nas zonas rurais das províncias da
Zambézia (centro) e Nampula (norte).
"É um projecto que tem como foco as zonas rurais nas províncias da Zambézia e Nampula", visto terem "níveis baixos
em termos de cobertura de abastecimento de água", referiu o especialista.
OJE/Lusa
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