O Governo está a montar financiamentos necessários para a concretização, ainda no decurso do presente quinquénio,
do projecto de construção de uma ponte sobre a Baía do Maputo, ligando a baixa da capital e o distrito municipal da
KaTembe, e de uma estrada para a Ponta do Ouro, num pacote avaliado em 500 milhões de dólares Norte-Americanos.
Para o efeito, o Executivo criou, recentemente, a Empresa de Desenvolvimento de Maputo-Sul, que tem como objectivo
mobilizar recursos e fazer o pacote financeiro para o lançamento, a breve trecho, da ponte havendo já algumas
entidades que mostraram disponibilidade em participar no empreendimento.
Apesar dos passos dados com vista à concretização da iniciativa, o presidente do Fundo Nacional de Estradas,
Francisco Pereira, disse haver ainda muito trabalho a fazer, indicando que 'ainda estamos a montar os financiamentos
sendo que o que há são bons sinais'.
A construção da ponte e da estrada para a Ponta do Ouro vem sendo equacionada há bastante tempo mas só no ano
passado começou a ter andamento. Aliás, no mês passado, o Conselho Municipal da Cidade do Maputo revelou estarem
em análise cinco propostas submetidas pelos concorrentes pré-seleccionados para a segunda e última fase do concurso
público aberto para o efeito.
Sabe-se, no entanto, que terminada a análise das propostas pelos consultores, o processo passará para uma comissão
interministerial que vai discutir os detalhes com o vencedor do projecto. Embora o presidente do Fundo Nacional de
Estradas se tenha escusado a falar sobre os aspectos técnicos do empreendimento, dados apurados pela nossa
Reportagem dão conta de que a ponte a edificar, com uma extensão de cerca de 3,5 quilómetros, vai ligar as duas
margens da baía a partir da zona onde começa a Avenida das instâncias na baixa da cidade, e a terminal do ‘ferry-boat’,
no distrito municipal KaTembe.
A maqueta da ponte e do seu trajecto foi apresentada numa reunião que juntou no passado dia 29 de Setembro o
Governo, parceiros e quadros do sector de estradas e pontes para fazer o balanço da implementação de vários projectos
e definir as necessidades do seu financiamento, conforme assinalou Francisco Pereira.
A aposta das autoridades governamentais é que até ao fim do mandato do Governo, em 2014, os extremos norte e sul
do país estejam ligados por terra para permitir a ocorrência de iniciativas de desenvolvimento.

Fonte: IMENSIS