Os governos de Moçambique e de Botsuana vão tentar obter um financiamento de 7 mil milhões de dólares para a construção do porto de águas profundas de Techobanine, distrito de Matutuíne, na província do Maputo, nos termos de um documento assinado pelos dois países.
O projecto inclui a construção de 1100 quilómetros de ligação ferroviária ligando os dois países, segundo os termos e cronograma previsto no memorando de entendimento assinado no local da construção, pelos ministros dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Paulo Zucula, e do Botsuana, Frank Ramsden.
Para além de atender ao Botswana, que pretende encontrar uma saída mais rápida para o escoamento dos seus minérios, em particular o carvão, o porto deverá servir outros países, como a África do Sul, Suazilândia e Zimbabué.
O projecto será materializado em regime de concessão para as diferentes componentes previstas e, de acordo com o ministro Paulo Zucula, será um complemento às infra-estruturas do género existentes na região já saturadas pelo tráfego.
O complexo portuário deverá ocupar uma área de 30 mil hectares, que inclui ainda uma zona de 11 mil hectares para desenvolvimento industrial e dispor de capacidade para processar 200 milhões de toneladas de carga diversa por ano, desde a geral a granel, minérios, combustível e passageiros.
Do montante de financiamento necessário, 3 mil milhões de dólares serão investidos em Techobanine, compreendendo o porto propriamente dito, alojamentos (vilas), escolas e hospital, devendo a construção da fase inicial começar em 2012 e prolongar-se até 2015.
Techobanine fica a 70 quilómetros do porto do Maputo e a 20 quilómetros da Ponta do Ouro, junto à fronteira com a África do Sul.
in IMENSIS
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