O Governo está a trabalhar, a todo o gás, para que mais fábricas de cimento de construção sejam instaladas no
presente quinquénio, o que vai aumentar a capacidade de produção existente e suprir a alta de preços e a falta do
produto no mercado nacional que se faz sentir desde o ano passado.
De acordo com Sidónio dos Santos, Director Nacional da Indústria, o Centro de Promoção de Investimentos (CPI) tem
recebido, sobretudo de investidores estrangeiros, muitas propostas para a realização de estudos ambientais e
prospecção dos níveis de calcário existentes nas zonas pretendidas.
O objectivo é a construção de fábricas. Dentre outras propostas consta uma apresentada por investidores indianos, que
pretendem instalar duas unidades de produção, sendo uma em Salamanga, província do Maputo, e a outra em Nacala,
província de Nampula.
Enquanto isso, outro grupo de homens de negócios manifesta interesse em investir na construção de uma unidade do
género no distrito de Magude, enquanto um outro mostra-se interessado em se basear em Inhambane.
Neste momento, diferentes instituições públicas dentre as quais o Ministério da Indústria e Comércio (MIC), da
Planificação e Desenvolvimento (MPD), dos Recursos Minerais, da Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) e de
Energia têm estado a trabalhar por forma a apurar a real viabilidade de tais pedidos uma vez que é preciso muita cautela
e seguir os ditames das normas do sector.
No presente quinquénio, disse dos Santos, o Governo quer acelerar a materialização das propostas que forem viáveis
pois tal é condição adequada para a estabilização do preço no mercado.
De acordo com a nossa fonte, o mercado interno, sobretudo o das cidades de Maputo e Matola continua a conhecer
grandes problemas. Aliás, a nossa Reportagem fez uma ronda pelas duas cidades tendo apurado que alguns
comerciantes vendem o saco de cimento nacional a 300 Meticais. Os preços mais elevados são praticados nos bairros
periféricos onde não existem armazéns ligados à Cimentos de Moçambique.
Por seu turno, os grandes distribuidores da unidade fabril do grupo Cimpor localizada na província de Maputo
comercializa o saco de 50 quilogramas por 275 meticais.
A unidade fabril da Matola tem uma capacidade instalada de produzir 600 mil toneladas de cimento por ano. A de Dondo
pode produzir até 240 mil toneladas por ano e a de Nacala está capacitada para 120 mil toneladas por ano.
Além das unidades fabris do grupo Cimpor, o nosso país tem outras, nomeadamente em Boane e em Nacala.
Infelizmente, todas elas continuam com problemas para garantir o abastecimento do mercado. Mesmo com a retirada da
sobretaxa na importação do cimento, o mercado continua com limitações.
Câmara de Comércio Portugal Moçambique
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