A criação de uma congénere da portuguesa REN em parceria com o Governo moçambicano e de uma outra empresa, para desenvolver projetos de infraestruturas ferro-portuárias, junta-se a mais dois anúncios de investimento em Moçambique. A Sumol+Compal vai construir uma fábrica e a Efacec ganhou um negócio de 20 milhões de euros.
Foi o próprio primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, quem anunciou a criação da nova empresa de infraestruturas elétricas, uma empresa que vai ter “por missão estruturar todas as ligações elétricas, em particular um projeto muito importante conhecido em Moçambique como ‘espinha dorsal’ e no qual a REN será também participante”.
Mais recentemente, outro governante, António Almeida Henriques, secretário de Estado adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, numa visita a Moçambique, anunciou a criação de uma empresa de capitais mistos para desenvolver projetos de infraestruturas ferro-portuárias. “A lógica é dar resposta às várias vertentes do projeto de desenvolvimento de infraestruturas”, referiu o mesmo governante.
A nova fábrica da Sumol+Compal nos arredores de Maputo vai iniciar produção em Novembro. Grande parte dos
produtos continuará a ser fornecida pelo mercado português, nomeadamente algumas das frutas usadas na confeção de sumos e néctar como, por exemplo, a pera rocha, tida como um dos sabores preferidos dos moçambicanos.
Este investimento de dez milhões de dólares (oito milhões de euros) vai criar 70 postos de trabalho e visa abastecer o mercado moçambicano e dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, que tem um potencial de 170 milhões de consumidores.
A Efacec ganhou uma nova encomenda da EDM para aumentar a capacidade de fornecimento de energia elétrica a Maputo e arredores, em Moçambique, num investimento de 20 milhões de euros. O projeto vai ser financiado através da linha da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para a área da cooperação.
A remodelação e reforço da rede elétrica de Maputo vai envolver a subcontratação de outras empresas nacionais
portuguesas - como a Cabelte, a Solidal, a Fisola, a Tovisi e a Electro AS - e a criação de cerca de uma centena de postos de trabalho para levar a cabo a obra.
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