A participação de 15 por cento detida pelo Estado português na Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) vai ser vendida,
de preferência a empresas portuguesas do sector da energia, noticiou a imprensa portuguesa.
Segundo Macauhub, o negócio ainda está a ser avaliado mas é antecipadamente necessário assegurar a concordância
de Moçambique, tal como ficou aceite aquando do acordo entre os dois países para a alteração da estrutura accionista
da HCB.
Nos termos desse acordo, Moçambique viu a sua participação passar de 18 para 85 por cento enquanto Portugal passou
de 82 para 15 por cento, tendo ainda de ceder 5 por cento a uma entidade que o Estado moçambicano viesse a indicar.
Como compensação, Portugal recebeu de imediato 250 milhões de dólares a sairem dos cofres da HCB e 700 milhões
de dólares a serem pagos por Moçambique. Ainda no ambito deste negócio, Portugal perdoou a dívida de Moçambique
relativa à barragem no valor de cerca de 1600 milhões de dólares.
Em Novembro de 2007, o ministro português das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, afirmou no Songo, Tete,
Moçambique, que Portugal iria entregar de imediato a Moçambique 5 por cento da participação de 15 por cento que
reteve na Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).
Teixeira dos Santos disse ainda na ocasião que, relativamente aos restantes 10 por cento, Portugal tomaria `em tempo
oportuno a medida que entender pois, sendo uma participação financeira, disporá dela como bem entender, quanto
entender´.
A imprensa portuguesa noticiou ainda que a EDP - Energias de Portugal e a Rede Eléctrica Nacional (REN) bem como a
Visabeira são algumas ds empresas eventualmente interessadas num negócio que deverá render ao Estado português
cerca de 200 milhões de euros.


In Câmara Comércio Portugal Moçambique