Cerca de 16 mil camponeses dos distritos de Xai-Xai, Chókwè e vila de Massingir poderão voltar a dispor de água suficiente para a irrigação dos seus campos agrícolas como resultado da reabilitação da Barragem de Massingir, na província de Gaza.

Xai-Xai e Chókwè têm um grande potencial para a produção de diversas culturas com destaque para o arroz e hortícolas, no geral, ao passo que Massingir tem condições agro-climáticas para a criação de gado, para além de acolher um importante projeto de cultivo de cana para fins industriais.

A Barragem de Massingir, sofreu um rombo em 2008, na sequência das cheias o que provoca a escassez de água para alimentar os sistemas de irrigação nas áreas a jusante do rio Limpopo.

As grandes infiltrações provocadas pelas roturas na infraestrutura têm vindo a contribuir para o assoreamento da albufeira prejudicando, desta forma, a atividade piscatória exercida por cerca de 600 pessoas.

Para a concretização desta reabilitação, o Governo aprovou esta semana, a resolução que ratifica o acordo de crédito celebrado entre o Governo de Moçambique e o Fundo Africano de Desenvolvimento no valor de 20 milhões de dólares norte-americanos destinados a financiar as obras.

Construída ao longo do rio dos Elefantes, a Barragem de Massingir, para além das funções anteriormente referenciadas, também contribui para a regulação dos níveis de água a jusante do rio Limpopo, o que pode, em certa medida, ajudar na minimização das cheias que nos últimos anos têm afetado as cidades de Chókwè e Xai-Xai.

É assim que para além da reabilitação de Massingir, o Governo está à busca de outros financiamentos para a construção da futura barragem de Mapai, ao longo do rio Limpopo.

A última sessão do Conselho de Ministros, também ratificou o acordo celebrado entre o Governo de Moçambique e o Exim Bank da Índia. Este financiamento destina-se para a construção de 1200 casas nas províncias de Tete, Cabo Delgado e Zambézia.

Segundo explicações avançadas na altura, em cada uma dessas províncias serão construídas 400 casas e outras infraestruturas básicas, como a rede de água e elétrica, vias de acesso, escolas, hospitais, jardins e creches.
O custo médio de construção de cada uma das casas será de 900 mil meticais e os beneficiários, sobretudo, os funcionários do Estado, poderão ter acesso ás habitações mediante o pagamento em prestações de longo prazo, como agora acontece nas casas da Vila Olímpica, em Maputo.
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