A Torre Ocidente do complexo do centro comercial Colombo foi ontem lançada no mercado em clima de optimismo e ambição. Os membros do consórcio que detêm o projecto - Grupo Caixa Geral dos Depósitos, Sonae Sierra, ING Real Estate e Iberdrola Imobiliária - não se assustam com a quebra que se verifica no mercado de escritórios lisboeta. E apontam o final do ano para ter toda a torre comercializada, esperando uma rápida rentabilização dos quase 45 milhões de euros investidos no complexo.
O ano de 2010, de acordo com um estudo levado a cabo pela Cushman & Wakefield - empresa que, com a Jones Lang LaSalle, está encarregue de comercializar o espaço -, registou "o volume de procura mais baixo da década" no que ao mercado de escritórios diz respeito. Em 2010 foram transaccionados "pouco mais de 100 mil metros quadrados", que se traduziram numa quebra de 8% face a 2009.
A recém-inaugurada Torre Ocidente dispõe de 29 mil metros quadrados, distribuídos por 14 pisos (13 para escritórios e um para lojas), o que representa pouco menos de um terço da área total comercializada durante o ano passado. Desses 29 mil metros quadrados 1.162 foram já arrendados à WS Atkins Portugal - Construtores e Projectistas Internacionais, que arrendou uma área de 827 metros quadrados, e a um restaurante japonês que "reservou" 335 metros quadrados.
De acordo com Pedro Caupers, representante da Sonae Sierra presente na cerimónia, a expectativa do consórcio é que "no fim do ano a Torre Ocidente esteja toda alugada", dando assim sequência ao sucesso da comercialização da Torre Oriente que se processou entre Março e Setembro de 2009.
Na apresentação do imóvel o arquitecto da Sonae Sierra, Francisco Fonseca, destacou não só a envolvência da torre que dispõe de vários meios de transporte público e está no centro dos principais eixos rodoviários da cidade, como também as características próprias do edifício, onde destacou o rácio de 85% de área comercializada face à área bruta. Os 13 pisos têm uma área de cerca de dois mil metros quadrados cada um, que podem ser utilizados na totalidade ou ser compartimentados de acordo com as exigências dos futuros inquilinos. E que serão postos no mercado a preços que vão dos 14,5 aos 17,5 euros (por m2).
in Jornal de Negócios
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