O Botswana poderá recorrer com frequência ao Porto de Maputo nas suas importações e exportações, tendo a primeira experiência deste tipo de operações se realizado há cerca de duas semanas “com sucesso”, segundo Osório Lucas, director executivo da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC).
A operação envolveu 34 vagões transportando carvão daquele país membro da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) que se destinava para a exportação e o comboio passou por Zimbabwe antes de chegar a Moçambique, segundo ainda Osório Lucas. “A operação decorreu sem problemas e foi célere, tendo durado apenas dois dias e meio”, explicou Osório Lucas, realçando que está dado o primeiro sinal para o Botswana passar a usar também o Porto de Maputo nas suas transacções comerciais com o resto do mundo.
Esta infra-estrutura tem vindo a receber comboios de mercadorias vindos do Zimbabwe, África do Sul e Suazilândia em ritmos frequentes e de quando em vez da Zâmbia. A África do Sul continua a ser mercado-chave do Porto de Maputo, “mas Moçambique, Botswana, Zimbabué e Zâmbia têm potencial para crescer”, ressalvou o director executivo da sociedade MPDC, falando esta terça-feira à imprensa sobre o balanço do desempenho do seu sector registado em 2012.
No período em análise, a vizinha África do Sul manuseou através do Porto de Maputo cerca de 80% da sua carga diversa. “Isto significa que a greve registada nas companhias mineiras deste país não teve influência negativa aqui no porto”, referiu Osório Lucas, sustentando a sua convicção com a quantidade do volume de carga manuseada vinda daquele país vizinho.
Para todo este ano de 2012 prestes a terminar, o Porto de Maputo espera manusear cerca de 15 milhões de toneladas de carga diversa e 1040 navios, isto depois do recorde de 306 toneladas brutas manuseadas, num período de 24 horas.
O porto emprega cerca de 500 assalariados, dos quais seis estrangeiros.
in Verdade Online
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