O modelo imposto pelo Banco Mundial para libertar 104,5 milhões de dólares para financiar a reconstrução da linha
ferroviária do Sena fez com que a estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) fosse marginalizada,
afirmou o presidente da empresa.
De acordo com o diário Notícias, de Maputo, Ricardo Mualeia disse terça-feira em Tete que o consórcio indiano Ricon,
que controla 51 por cento do capital da empresa gestora do Sistema Ferroviário do Centro, nunca permitiu que a CFM
desse o seu contributo para a execução da obra, embora respondesse, em representação do Estado, pelos restantes 49
por cento do capital da Companhia de Caminhos de Ferro da Beira (CCFB).
O modelo imposto pelo Banco Mundial, de acordo com Mualeia, estabelecia que o accionista maioritário na sociedade
gestora do sistema ferroviário do centro devesse ser o privado que, por força disso, devia estar à frente de toda a
componente executiva do projecto, sobrando para o parceiro minoritário, na sua condição de Estado, apenas o papel de
fazer o acompanhamento dos processos, sem nenhuma participação activa tanto nas obras como na tomada de
decisões importantes relativas ao empreendimento.
O consórcio indiano ficou com a responsabilidade de realizar e gerir os trabalhos no terreno, desde as obras de
renovação da linha, passando pela administração do projecto até à própria fiscalização da obra.
Face aos problemas que têm vindo a marcar a obra de reconstrução da linha de caminho-de-ferro do Sena, o Conselho
de Ministros decidiu que caso a Ricon não conclua os trabalhos até 24 de Março próximo a concessão do Sistema
Ferroviário do Centro será anulada e a gestão entregue à empresa CFM.
in macauhub


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			 Atrasos nas obras dos Caminhos de Ferro de Moçambique
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