As cidades moçambicanas de Maputo e de Matola, separadas por cerca de dez quilómetros, poderão em breve estar
ligadas por um metro de superfície.
Para tal, o Governo moçambicano assinou, na segunda-feira, um memorando de entendimento com a empresa italiana
Salcef, que vai agora avançar para o desenvolvimento de um estudo de viabilidade para o projecto. Para se ter uma
ideia da magnitude do projecto, só este estudo está avalado entre 7,5 e 10 milhões de euros.
Segundo o portal do Governo moçambicano, esta primeira fase decorrerá nos próximos quatro meses, sendo que uma
decisão final será tomada na sequência deste estudo.
Caso a construção do sistema de metro de superfície seja viável, a Salcef investirá outros 40 milhões de euros para
avançar com a primeira fase de construção do projecto.
“[A Salcef] vai arriscar com o seu capital para o estudo, que deverá absorver entre 15 a 20% do total de 50 milhões que
a mesma empresa dispõe para avançar até à conclusão da primeira fase do projecto”, explicou ao portal do Governo o
ministro moçambicano Paulo Zucula, que tem a pasta dos transportes e da comunicação.
“Este é um dos processos mais dinâmicos que já liderei na minha carreira na função pública”, acrescentou o governante.
A Salcef tem uma experiência de mais de 40 anos na área ferroviária, mas os desafios não são pequenos. Todos os
dias, cerca de 200 mil pessoas cruzam os 10 quilómetros que separam a capital, Maputo, de Matola, através de duas
vias principais e que estão permanentemente congestionadas.
Caso o projecto seja social e economicamente sustentável, trata-se também de um momento histórico para a mobilidade
sustentável moçambicana.
Fonte: GreenSavers
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