Com mais de 20 milhões de habitantes, Moçambique, na África, sofre com o deficit na construção civil, um dos desafios das autoridades. Mas a tecnologia brasileira pretende ajudar na tarefa. Um acordo de transferência de conhecimento entre os dois países, em execução há três anos, permite que a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) seja utilizada para a construção de um programa habitacional no país africano.
A tecnologia da incubadora foi criada em 1995 pela Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). A parceria entre o Brasil e Moçambique faz parte de um
programa de intercâmbio do governo brasileiro, coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
Os resultados preliminares alcançado pela ITCP em Moçambique foram apresentados pela Coppe. O coordenador do projeto, Gonçalo Guimarães, disse que a proposta atinge vários setores da economia e segmentos sociais. Para ele, há uma tendência de ampliar as parcerias internas e externas relativas ao projeto.
A parceria envolvendo a incubadora inclui ainda a execução de ações de política habitacional definidas pela
Universidade de São Paulo (USP) e de tecnologia de solo desenvolvida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS).
Também há o apoio da Universidade de Campinas (Unicamp), que é responsável pela transferência de tecnologia de equipamentos para a produção de tijolos, e a ITCP entra na implantação de uma incubadora para formar os
empreendimentos que vão trabalhar na área da construção civil. Os protótipos das casas são fornecidos pela Caixa Económica Federal (CEF).
Moçambique faz parte, ao lado do Brasil, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da qual também são integrantes Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
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