As obras de construção dos cerca de três quilómetros e meio da avenida Milagre Mabote, na cidade de Maputo, deverão arrancar dentro de trinta dias, período concedido ao empreiteiro para a mobilização de pessoal e dos equipamentos.
A execução dos trabalhos, cujo contrato foi assinado há dias, será levada a cabo pela CETA Obras de Engenharia, enquanto que a fiscalização está a cargo da Técnica Engenheiros e Consultores.
Victor Fonseca, director municipal de Infra-estruturas de Maputo, disse ontem que no troço entre as avenidas Marian Ngouabi e Joaquim Chissano o piso da ‘Milagre Mabote’ será em asfalto, mas dali até à FPLM, onde a via termina, usar-se-á ‘pavet’, um material cada vez mais empregue na pavimentação de vias de acesso na capital.
De acordo com a fonte, as obras vão custar cerca de 143 milhões de meticais, valor que será desembolsado pelo Conselho Municipal da cidade de Maputo, o dono da obra, e seus parceiros, com destaque para o Reino da Bélgica.
Ao que ficou acordado entre os principais intervenientes, nomeadamente o conselho municipal, o empreiteiro e o fiscal, a construção da avenida Milagre Mabote deverá ser concluída em oito meses, ou seja, até finais de Abril do próximo ano.
Em Dezembro do ano passado, Mário Macaringue, vereador para o pelouro de Infra-estruturas e Desenvolvimento, aventou a hipótese da edilidade rever os prazos das empreitadas, pois quase sempre não são cumpridos.
A nova rodovia, uma alternativa para a ligação entre o centro da cidade e arredores, principalmente a zona do Aeroporto Internacional de Maputo, terá pelo menos duas faixas de rodagem, passeios em ambos os lados para a circulação de peões, para além de uma vala de drenagem para o escoamento das águas pluviais.
Nos últimos dias e face ao fim do prazo para a remoção voluntária das infra-estruturas implantadas dentro do traçado da ‘Milagre Mabote’, várias famílias estiveram a endireitar as paredes dos muros e das casas já numa corrida contra o tempo. Finda esta fase, o empreiteiro poderá, a qualquer momento, mobilizar as máquinas para a destruição de tudo aquilo que se encontrar no traçado da via, com vista a dar início ao trabalho de construção.
A remoção das estruturas construídas pelos moradores dentro do traçado da via, que atravessa o bairro da Maxaquene, embora a conta e risco próprios, foi feita mediante o pagamento, pelo conselho municipal, de compensações variáveis consoante os casos.
in IMENSIS
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